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Aproximadamente 78% dos executivos da área de Recursos Humanos devem alocar menos investimentos do que o necessário na questão humana-profissional. O foco será em recursos. O dado da pesquisa “Novo Mundo, Novo RH”, realizada pela Dom Strategy Partners com colaboração da ProPay S.A, sinaliza os impactos da transformação digital – já profetizado há algum tempo – no RH.
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O uso e a implementação das tecnologias disruptivas são rapidamente ligados às melhorias nas demandas diárias da área de talentos. No entanto, os conceitos da Indústria 4.0 evoluem para um novo patamar a cada dia que passa.
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Passado este buzz inicial ao redor do tema, o novo olhar do RH para o digital está no humano. Sim, ele, o eterno protagonista de todas as mudanças da era sociedade. O humano demasiado humano. E com a tecnologia não é diferente. Machine Learning, Inteligência Artificial, Cloud Computing e outras modalidades irão, de fato, só acontecer no universo corporativo, em especial na área de RH, com a força motriz da mão de obra humana.
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O desafio do RH – arrisco-me a dizer já para 2019 – será captar talentos humanos para potencializar o uso dos recursos tecnológicos provenientes da Industria 4.0. A tangibilidade da Transformação Digital ainda não aconteceu porque faltam profissionais capazes de executar com sabedoria, inteligência e, por que não, como muita transpiração, o plano tecnológico/ disruptivo da companhia.
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De que adianta ter Big Data para analisar um determinado desempenho se quem o opera não tem a mínima noção de avaliar a profusão de informações extraída da ferramenta? De nada adianta!
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Mesmo na era moderna, a velha máxima “pessoas engajam pessoas”, vociferada no RH desde os tempos analógicos, não foge à regra neste caso. Por isso, ao identificar os primeiros simpatizantes da Transformação Digital dentro da organização, o empodere, dê voz e forneça insumos suficientes para explorar o potencial deste colaborador. Funcionário satisfeito, em geral, propaga a favor da empresa e molda uma nova cultura em rede, mesmo sem perceberem. Em muitos casos, quem porta desta característica tem a capacidade de fomentar aos seus pares que também sigam os novos direcionamentos digitais da organização.
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Embora as decisões de tecnologia de uma organização geralmente passem pelo crivo da TI, do CIO ou do CTO, no próximo ano o RH terá um importante papel, ele será o ponto de intersecção capaz de alterar o status quo de alegoria fantasiosa da Transformação Digital para um real aditivo de valor diferenciado nas empresas.
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Mudar é difícil, ainda que essencial para a sobrevivência de muitas empresas, marcas e mercados, mas alguém tem que começar. E o start pode ser dado de forma mutua pelo RH e a TI, que juntos, numa sintonia fina, podem mexer com as estruturas culturais da organização toda, trazendo à tona todas as vantagens que residem na relação homem e robô. Que venha 2019!
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*Daniel Domeneghetti é especialista em práticas digitais, estratégia corporativa e CEO da E-Consulting Corp., consultoria 100% brasileira de criação, desenvolvimento e implementação de projetos para os mercados de TI, Telecom e internet.